Mercado imobiliário retoma investimentos
Em tempos de crise, o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Cláudio Cunha, acredita que as empresas do setor de construção civil devem reagir com seus próprios meios, sem esperar que a situação geral do País melhore, como defendeu, durante visita à sede do Grupo A TARDE. Acompanhado pelos diretores Rafael Valente e Pedro Mendonça, ele tratou de vários pontos que revelam os sinais de retomada do setor na Bahia.
Um exemplo disso é que o segmento começa a se mobilizar. “As empresas do setor sinalizam que podem surgir até 11 novos empreendimentos neste ano. São apartamentos de médio e alto padrão, localizados em bairros consolidados, a exemplo do Horto Florestal, Barra e Imbuí. São tipologias variadas que vão desde quarto-sala inteligente até unidades de quatro quartos de luxo que atendem a uma demanda reprimida do mercado, diante das poucas opções de oferta”, disse Pedro Mendonça, diretor de expansão de mercados e responsável pela pesquisa da Ademi.
Mendonça ressaltou que, na fase mais acirrada da crise econômica do País, as empresas acabaram se concentrando, nos últimos anos, nos lançamentos do nicho de habitação popular, enquadrados no programa Minha, Casa Minha Vida – fato que acabou reduzindo a oferta de lançamento de imóveis de outros segmentos, que hoje voltam a ser procurados, contribuindo para aquecer o setor.
Inovações
Este ano, a entidade realizou o 10º Fórum de Sustentabilidade Ademi, abordando o tema como condutor de bem-estar e felicidade social. “A sustentabilidade tem que ser baseada no tripé ganho social, retorno financeiro e meio ambiente”, diz o diretor de gestão sustentável, Rafael Valente.
Itens associados a sustentabilidade são sempre solicitados pelo cliente, mas Rafael Valente diz que o benefício da redução do condomínio obtido por meio da implantação de equipamentos como energia solar, sistema de reúso de água de chuva e aumento das áreas de iluminação natural deve ser apresentado ao cliente como um ganho financeiro. “Em um condomínio construído com estes equipamentos, reduzimos a cota condominial de R$ 1 mil para R$ 600 por conta da economia gerada pela estrutura sustentável”, acrescentou.
Cláudio Cunha falou sobre o tamanho das unidades, cada vez mais adaptado ao mercado. “A redução das unidades é acompanhada do conceito de espaços abertos, com cômodos de múltiplas utilidades, atendendo às expectativas de consumidores que têm menos filhos e, às vezes, não os têm, e preferem, por exemplo, ter animais. Projetamos espaços externos de lazer, onde é possível receber visitas e fazer reuniões, e de serviço (como lavanderias), dotando o edifício de comodidades trazidas pela internet”, explicou o presidente da Ademi.
Via: A Tarde