Conheça 22 erros comuns para evitar na decoração
Não existem regras fixas, mas evitar algumas configurações pode valorizar os ambientes
Decorar a casa é uma missão divertida e há até quem se aventure sem a ajuda de um profissional. Porém, algumas dicas de design são sempre muito bem-vindas. Podem não haver regras fixas, mas alguns erros comuns podem ser evitados. Conheça-os antes de começar a decorar ou encontre soluções para melhorar aquilo que já tem.
1. Mobília muito grande ou muito pequena
Salas pequenas nem sempre dispensam sofás com vários lugares. Contudo, uma peça muito grande pode dar a impressão de que o espaço está abarrotado e fazer com que os outros móveis pareçam menores ainda. É uma questão de proporção e profundidade. Para que a leitura visual do cômodo seja uniforme, você precisa de um certo equilíbrio entre os móveis. Também não adianta apostar apenas em objetos pequenos, uma vez que estes podem dar a impressão de desconjuntura.
2. Tudo branco
A maioria das pessoas acredita que apostar no branco vai fazer com que os ambientes sejam melhor iluminados e pareçam mais amplos. Apesar de a cor ser muito versátil, essa regra existe para ser quebrada, uma vez que a decoração monocromática pode acabar com a percepção de profundidade. Além disso, cores diferentes, especialmente as quentes, dão o toque de aconchego que um lar precisa. E não é necessário se aventurar em pintar uma parede inteira: almofadas, quadros, acessórios e cadeiras podem cumprir a tarefa.
3. Não manter a ordem
A grande vantagem de morar em um lugar pequeno é a praticidade. Você tem menos custos com a casa e maior facilidade para mantê-la limpa. Contudo, se você não define o lugar de cada coisa e não consegue manter a organização, esse benefício cai por terra. Garanta que você tenha armários e espaços de armazenamento suficientes para os seus pertences e pratique o desapego com objetos desnecessários.
4. Priorizar decoração sobre função
Como você não tem muito espaço, tudo o que está dentro da sua casa precisa fazer sentido. Não estamos dizendo para você se livrar de todos os acessórios, mas também não exagerar na quantidade de objetos e pecinhas sem uma função concreta. Aqui também entra a importância dos móveis muntifunção, como sofá-cama, balcões que também são mesas e as prateleiras que podem ser tanto decorativas, quanto utilitárias. Com o aumento de pessoas optando por viver em lugares menores, grande parte das marcas já apresenta uma série de peças versáteis e bonitas.
5. Subestimar cantos e paredes
O pé-direito existe para ser aproveitado. Por isso, não subestime os cantos que parecem sem uso. Eles podem expor as peças de decoração ou guardar os objetos que você não usa sempre. Aposte em ganchos e prateleiras ou então preencha esses lugares com vasos e outras peças que dão personalidade ao local.
6. Tapetes muito pequenos
O tapete serve para abraçar a decoração, dessa forma, ele precisa contemplar os móveis do cômodo, estendendo-se debaixo deles. Em uma sala, por exemplo, os pés do sofá podem ficar pelo menos metade dentro do item.
Dispor os móveis pelo ambiente pode deixar a decoração mais harmônica. Nesta sala de jantar, mesa de jantar da BretonWood. Cadeiras da M&M Decor. Pendentes da Allure Iluminação. Cortinas da Detalhes e Decoração (Foto: Flavio Dias/Divulgação)
7. Colocar toda a mobília encostada nas paredes
Não faça uma ciranda com os seus móveis, deixando o centro livre de decoração. O próprio sofá pode servir como divisória em um conceito aberto. Seja criativo ao posicionar as peças para que a disposição seja harmoniosa.
8. Muita abertura
É um paradoxo, mas aberturas muito grandes podem estragar a arquitetura. Os espaços mais fechados também podem promover conexão e, ao mesmo tempo, garantir privacidade em recantos mais íntimos, como áreas para leitura.
9. Zonas não estabelecidas
Apesar de mesclar os cômodos da casa, a regra não é "tudo junto e misturado". Você precisa delinear as áreas funcionais, incorporando sofás, luminárias, cômodas, estantes e mesas de centro, para dar forma aos espaços.
10. Não priorizar a circulação em ambientes integrados
Uma das virtudes de conceitos abertos é o equilíbrio. A circulação deve ser facilitada para criar uma certa fluidez. Deixe corredores livres, que podem ser formados pelo posicionamento dos móveis.
11. Tudo combinado
Pode parecer contraditório, mas harmonizar os ambientes não significa que você precisa combinar milimetricamente toda a mobília ou, até mesmo, as cores das paredes. Aposte em peças de diferentes alturas e comprimentos. A casa ganha mais vida com pequenas imperfeições ou a famosa baguncinha do cotidiano, como os objetos que foram comprados e adicionados à decoração com o passar dos anos. Esqueça os tecidos iguais e os acabamentos idênticos. Ao invés disso, contraste as subdivisões da casa, adicionando pontos de luz diferentes na cozinha, na mesa de jantar e na sala.
ESTAR | Esquadrias de vidro favorecem a luz natural que transborda pelas janelas e estruturas superiores feitas de vidros (Foto: Nelson Kon/ Divulgação)
12. Má iluminação
Iluminação ruim é a assombração da maioria dos ambientes. Em lugares abertos, os efeitos de luz e sombra podem expor e esconder regiões de convívio ou mais íntimas. Luminárias decorativas criam um senso mais acolhedor e são ótimas para delimitar espaços pequenos em um contexto aberto.
13. Falta de assentos ou espaços para acomodar
Se você gosta de receber, é melhor pensar em colocar a cozinha perto da mesa de jantar ou instalar um balcão com bancos. Dessa forma, a pessoa que está servindo não ficará excluída da socialização. Especialmente em casas grandes, os assentos devem estar próximos, de forma que nenhuma cadeira fique sozinha em um cantinho. Assim, as pessoas se reunirão naturalmente para conversar, com conforto garantido.
14. Usar cortinas curtas
Quando a cortina não chega até o chão, a impressão que se cria é de um pé-direito baixo. A altura perfeita deve ser do chão ao teto. Além de melhorar o acabamento, essa solução amplia o pé-direito. Melhor ainda acrescentar 20 cm a cada lateral.
15. Levar a simetria muito a sério
Uma decoração equilibrada não significa que tudo deve estar melimetricamente ajustado, afinal você tem milhares de ângulos e direções para posicionar os seus móveis de um jeito despojado. Vale também pensar que, se você tem duas poltronas de um lado, do lado oposto pode contar com um pufe ou uma chaise longue no lugar de outras duas poltronas. Isso vai quebrar o aspecto endurecido que o excesso de simetria pode dar ao espaço e tornar tudo mais aconchegante.
16. Pendurar quadros e fotografias na altura errada
Nem alto nem baixo. Tome cuidado na hora pendurar quadros ou fotos nas paredes da sua casa. A dica é colocar os quadros com uma distância de cerca de 1,50 m do chão para o centro da imagem. Esse é o nível médio do olhar humano e torna a visualização confortável.
17. Usar molduras iguais
Achar que as molduras não têm importância é um erro muito comum. Mesmo que os desenhos sejam coloridos, você pode apostar em tipos diferentes acabamentos, para dar um charme adicional. Isso vale para os materiais, cores e pequenos detalhes em relevo. Quando a parte externa dos quadros é igual, a galeria se torna mais formal e sem graça.
Porta-retratos antigos com fotos de família, mantidos nas molduras originais, intercalam formas retas e ovais (Foto: Evelyn Müller / Editora Globo)
18. Deixar de planejar algum cantinho da casa
O conceito aberto de casa tem ganhado força nos últimos tempos. São aqueles cômodos que não possuem divisões por paredes e que dá para fazer um milhão de coisas dentro deles. Mas tome cuidado para não se esquecer de definir espaços completamente. Quando os espaços são deixados indefinidos, o resultado final pode parecer confuso e deixá-lo com áreas subutilizadas.
19. Falta de personalidade
Se os excessos na estrutura ou nos acabamentos podem ser desastrosos e, portanto desaconselháveis, a falta de ousadia, de certos exageros e até mesmo de coragem para correr riscos comprometem e deixam qualquer decoração previsível, monótona e insossa. Na hora de decorar, por favor, deixem alguns medos de lado e tentem experimentar objetos maiores, cores ousadas ou mesmo quadros menos óbvios. Os riscos nessa hora sempre valem à pena e são a garantia de uma casa autêntica.
20. Comprar tudo em uma mesma loja
É verdade que concentrar alguns fornecedores costuma, além de ser mais prático, mais vantajoso do ponto de vista financeiro, já que orçamentos e vendas maiores costumam gerar maiores descontos. Mas em decoração é sempre um erro pensar apenas do ponto de vista racional e a beleza muitas vezes está no que é dissonante ou fora do conjunto. Portanto, fuja de conjuntos de sofás, conjunto de cadeiras e evite a todo custo comprar móveis de uma mesma coleção. Sim, eles podem combinar entre si, mas esse tipo de combinação é monótona e, antes de tudo, sem personalidade e criatividade.
21. Guiar-se apenas por uma inspiração
Em tempos de excesso de informação, principalmente a avalanche de imagens vindas de redes sociais, como Instagram e Pinterest, é sempre uma tentação tentar adaptar uma ideia ou copiar literalmente algo que gostamos. Acontece que projetar é, antes de tudo, respeitar aquilo que já está ali na nossa frente. As melhores ideias, por exemplo, tomam como partido características intrínsecas do espaço que não podem ser mudadas, mas que serão o ponto de partida para as maiores sacadas. Portanto, quando gostar de algo tente, antes de tudo, identificar ali o seu gosto pessoal e não “roubar” a ideia em si.
22. Não dar a devida importância aos quartos secundários da casa
Quando se trata de um novo projeto de casa, os quartos principais são definitivamente um dos cômodos mais emocionantes na hora de decorar. Você provavelmente quer um oásis zen onde pode relaxar e realmente amar a sua casa. Mas é importante não se esquecer dos quartos secundários da residência. Eles podem receber uma visita, por exemplo, e você não vai querer que ela se sinta desconfortável.
Via: Casa e Jardim